Já ouviu falar em home care? Essa área médica vem crescendo bastante no país. De acordo com o último censo, realizado em 2019, a procura por estes profissionais aumentou mais de 22% em comparação ao ano anterior.
Se já era considerado um crescimento elevado, com o decorrer da pandemia e o envelhecimento da população, esse número só tende a aumentar. Segundo o último relatório global da Home Health Care Services–INSEAD o home care é um mercado em potencial.
Os dados mostram que a América Latina e em especial, o Brasil – cujo corresponde a 33% da procura por este serviço – é a região onde o Home Care tem mais potencial de crescimento nos próximos anos.
Afinal, o que é home care?
Home care é uma área médica na qual presta serviços de saúde na casa do paciente. É um atendimento especial indicado pelo médico da pessoa. Geralmente, é percebido que o paciente não precisa mais estar no hospital, embora necessite de cuidados especiais.
Então, o médico opta por dar mais conforto à pessoa durante seu tratamento. A equipe médica irá até a casa do paciente fazer consultas, exames, aplicação de medicamentos e em casos mais graves, a internação domiciliar.
O serviço e a especialidade do médico que fará o atendimento dependem da necessidade de cada pessoa. Geralmente, toda uma equipe fica à disposição do paciente, caso necessite em algum momento.
Na internação domiciliar, é montada uma estrutura com todos os equipamentos de suporte de vida e monitoramento remoto necessários para o caso na casa do paciente.
Os profissionais ficarão na residência o quanto for preciso. Alguns passarão apenas para fazer alguma consulta ou exame, outros precisarão acompanhar o paciente durante o dia, por exemplo, entre outras situações.
É importante frisar que home care e cuidadores de idosos não são da mesma área e desempenham atividades diferentes.
Por que é um mercado em potencial no Brasil?
Os motivos pelos quais esse mercado está em alta no país são claros: a população brasileira está envelhecendo, há um aumento de doenças crônicas ou que exigem cuidados especiais e também é uma prática benéfica para os hospitais.
O envelhecimento da população, demanda novos tipos de cuidados – pesquisas apontam que em 2030, o número de idosos passará o de crianças e adolescentes no Brasil. Uma grande parte destes idosos, estão envelhecendo com doenças crônicas/degenerativas ou sequelas de outras.
Sendo assim, precisarão de cuidados especiais, mas sem necessidade de permanecerem no hospital. Possibilitando maior qualidade de vida e contato com a família para essas pessoas.
Para os hospitais, o home care também é uma área muito benéfica, dado que a desospitalização provoca uma redução de custos de 30% e 50% para as operadoras de saúde.
Benefícios do home care para ambos os lados
O Home Care tem como principais benefícios para as pessoas a redução de infecções hospitalares. Menor risco para pacientes crônicos com complicações, como diabéticos ou que tenham sequelas neurológicas.
Além de proporcionar uma maior convivência do paciente com a família e deixá-lo mais confortável em casa. Para os hospitais, a economia é a principal vantagem. Por isso, muitos convênios já vêm adicionando esta cobertura nos planos.
Embora esteja em evidência, um grande mercado em potencial, o Home Care enfrenta diversos desafios, como o entendimento sobre o serviço, legislação, entre outros.
Quais os desafios do home care no Brasil atualmente
É um serviço que começou a ganhar notoriedade recentemente, por isso, ainda enfrenta alguns desafios. Muitos pacientes e familiares confundem a área com os cuidadores de idosos e então, solicitam atividades pelas quais o home care não é responsável.
Os planos de saúde que já oferecem essa cobertura, em geral, ainda não indicam exatamente qual serviço será realizado e como será feito. Desta forma, muitos pacientes ficam com dúvidas e se frustram quando percebem quanto a atividade do profissional.
Alguns acreditam que o home care deve permanecer na residência o dia todo, acompanhando o paciente. Quando na verdade, é possível que o médico só tenha indicado duas consultas por semana para conferir a saúde da pessoa.
A legislação no país sobre este serviço ainda é precária, e por isso, os profissionais e empresas que oferecem esta atividade, ainda enfrentam dificuldades. Um exemplo disso é que, por lei, os planos de saúde não são obrigados a cobrir o home care.
O que impacta em diversos outros fatores, como a falta de estrutura e disponibilidade de equipamentos para esses cuidados domiciliares. Entretanto, acreditamos que por ser um serviço tão importante e benéfico, logo, essas questões estarão mais claras.